Depressão
Ansiedade
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
Síndrome do Pânico
Fobia
TOC
DepressãoSobre
De maneira alarmante, em documento publicado em abril de 2016, a Organização Mundial de Saúde estima que existam mais de 350 milhões de pessoas com depressão no mundo e, embora as várias modalidades terapêuticas à disposição, farmacológicas ou não, sejam bastante eficazes, de maneira geral, menos da metade desses pacientes são diagnosticados e adequadamente tratados. Nas camadas menos favorecidas, esse índice pode chegar a menos de 10%. Além disso, não é infrequente a ocorrência de diagnósticos equivocados, levando ao tratamento também equivocado de pacientes com outros diagnósticos, muitas vezes agravando os sintomas de base.
AnsiedadeSobre
Os transtornos de ansiedade são uma das doenças mais frequentes na população mundial. Mais especificamente em nosso meio, segundo um estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, o São Paulo Megacity Mental Health Survey (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462009000400016), estima-se que cerca de 20% da população da cidade apresenta algum tipo de transtorno de ansiedade. Isso significa que, apenas na cidade de São Paulo, mais de 2.250.000 pessoas são acometidas por essa doença. Tendo em vista as inúmeras repercussões negativas que a ansiedade clínica, aquela que requer tratamento específico, causa sobre a saúde mental e o organismo como um todo, é fácil imaginar o impacto que essa doença gera do ponto de vista da saúde pública e até mesmo à economia, já que grande parte dos indivíduos acometidos estão em plena fase produtiva e são responsáveis ou contribuem para o sustento de suas respectivas famílias.
A saúde coletiva, a despeito de sua óbvia importância não é, no entanto, o nosso foco. Dados epidemiológicos como o citado acima são fundamentais para a adoção de políticas de natureza preventiva que permitam o manejo do problema pela perspectiva do administrador de saúde nos âmbitos municipal, estadual e federal. Contudo, diante do grande sofrimento que a ansiedade clínica causa, faz sentido discutir esse assunto no âmbito do indivíduo, já que, se a ansiedade clínica se instalou, provavelmente, as medidas de ordem preventiva não conseguiram cumprir integralmente esse papel.
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)Sobre
A ansiedade é uma reação normal do ser humano diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. No entanto, quando esse sentimento persiste por longos períodos de tempo e passa a interferir nas atividades do dia a dia, a ansiedade deixa de ser natural e passa a exigir cuidados. Esse, na verdade, é o principal sintoma do Transtorno da ansiedade generalizada (TAG), um distúrbio caracterizado, de acordo com a quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), pela preocupação excessiva ou expectativa apreensiva constante sem que haja justificativa plausível para isso. De maneira diversa do que ocorre com as fobias (assunto tratado em outra seção), outra modalidade de ansiedade, essa sensação de medo, expectativa ou apreensão não é dirigida a nenhum objeto ou situação específica. Trata-se de um medo geral, daí o nome "ansiedade generalizada". O transtorno de ansiedade generalizada é caracterizado por um estado ansioso permanente de intensidade forte o suficiente para causar desconforto físico e mental capaz de comprometer o desempenho global. Os pacientes com TAG apresentam excessiva preocupação geral, sem um foco definido e frequentemente relatam sentir um medo constante de que algo ruim está para acontecer.
Síndrome do PânicoSobre
A síndrome do pânico é, entre os transtornos de ansiedade, a mais incapacitante do ponto de vista do funcionamento global por parte do paciente acometido por essa doença devido à enorme intensidade dos sintomas.
FobiaSobre
A fobia é, ao contrário do que ocorre no transtorno de ansiedade generalizada, no qual não há um desencadeante específico, um medo irracional dirigido a um determinado objeto ou situação. Essa reação de medo pode assumir características semelhantes à ansiedade do tipo pânico, descrita em outra seção.
TOCSobre
O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) é um dos mais famosos transtornos psiquiátricos, embora poucos saibam que está relacionado aos transtornos de ansiedade. Praticamente, tornou-se sinônimo de “mania de limpeza”, mas, como veremos a seguir, o TOC é muito mais do que isso.
Depressão Sintomas
Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, a depressão é um transtorno mental caracterizado por tristeza, perda de interesse e ausência de prazer em atividades antes prazerosas, sentimento de culpa, baixa autoestima, distúrbios do sono e do apetite e comprometimento da concentração.
Dependendo da severidade e do número de sintomas, uma depressão pode ser considerada leve, moderada ou grave. Em geral, as depressões leves podem ser tratadas sem medicamentos. Por outro lado, as depressões de intensidade moderada ou grave, cuja maior complicação é o suicídio, necessitam de intervenção farmacológica. Contudo, todos os tipos de depressão se beneficiam pela realização de psicoterapia e pela adoção de hábitos de vida saudável que incluem o cuidado com a alimentação e a prática regular de atividade física.
Uma das chaves para o sucesso, a exemplo do que acontece em outra áreas da medicina, é o início precoce do tratamento. Porém, diversos fatores contribuem para a demora na procura por atendimento. Apesar dos enormes avanços observados nos últimos anos quanto ao acesso à informação proporcionados pela internet, ainda é grande o número de pessoas que deixam de buscar ajuda por falta de informação. Além disso, por se tratar de uma doença psíquica, sem a existência de marcadores biológicos detectáveis nos exames subsidiários convencionais, muitas vezes, admitir a existência da depressão em si mesmo significa passar por cima de barreiras psicológicas edificadas em cima do preconceito.
Ansiedade Sintomas
Para compreender corretamente o que é ansiedade clínica, aquela que necessita de intervenção especializada devido ao comprometimento funcional, é importante caracterizá-la em suas diversas formas de manifestação. Obviamente, a ansiedade das crianças na véspera do Natal ou do aniversário em receber o tão esperado presente nada tem a ver com a ansiedade clínica, aquela que necessita de tratamento. Contudo, embora nesse exemplo a distinção seja bastante clara, em muitas situações, é difícil fazer essa diferenciação. Dessa forma, como decorrência da falta de informação, muitos pacientes deixam de buscar tratamento. Porém, além do desconforto criado pelos sintomas da ansiedade, é bastante importante lembrar que essa doença é fator de risco para a ocorrência ou para o agravamento de muitas outras doenças.
De maneira semelhante ao que foi discutido com relação à depressão, o diagnóstico dos transtornos de ansiedade é clínico (depende exclusivamente do exame do psíquico realizado pelo psiquiatra), de maneira que os exames subsidiários funcionam apenas como uma maneira de descartar outras doenças identificar comorbidades (coexistência de outras doenças físicas ou mentais).
O tratamento dos transtornos de ansiedade depende do tipo e da intensidade dos sintomas. Os quadros caracterizados por sintomas muito intensos podem necessitar de medicamentos tanto para controlar as crises nas quais a ansiedade surge com mais força como para a estabilização desse controle e prevenção de novas crises. De qualquer forma, invariavelmente, todo tipo de ansiedade se beneficia pela realização de psicoterapia em suas mais variadas modalidades e pela adoção de hábitos de vida saudável que incluem o cuidado com a alimentação e a prática regular de atividade física.
Para sistematizar a caracterização da ansiedade clínica, apresentarei nos tópicos seguintes os tipos clássicos de ansiedade:
- ansiedade generalizada
- fobias
- pânico
- transtorno obsessivo-compulsivo
- transtorno de estresse pós-traumático